Analise de Bulletstorm

07-03-2011 17:09

Com gráficos impressionantes e a promessa de uma jogabilidade criativa, Bulletstorm pode ser atraente para muitos, mas com tantos Halos, Gears of War e Call of Dutys no mercado, será que as inovações propostas pela Epic Games e People Can Fly sustentam um novo jogo de tiro em primeira pessoa.

Matando com estilo

Normalmente não é preciso explicar com muitos detalhes como é a jogabilidade de um FPS: geralmente envolve atirar em qualquer coisa que se mova na tela antes que essa coisa atire/pule/morda o personagem principal -- ainda que em boa parte dos jogos modernos um ou mais personagens lutem no lado do jogador (geralmente sem contribuir significativamente nos combates).

Bulletstorm não é tão diferente assim do seu gênero, mas consegue se destacar naquilo que faz de diferente. Bem cedo no jogo o personagem principal, Grayson Hunt, encontra uma espécie de chicote de energia, uma arma usada pelos seus principais inimigos. E é com o “computador de bordo” dessa arma que o jogador é apresentado ao sistema de Skillshots. Funciona de forma bem simples: sempre que um inimigo for derrotado, o jogador ganha pontos de recompensa dependendo da forma que liquidar o adversário. Quanto mais exagerada e bizarra for a morte, mais pontos o jogador leva.

Não é algo tão inédito. Já vimos algo parecido em outros jogos como The Club, da agora extinta Bizarre Creations, mas essa “obrigação” de matar com estilo faz toda a diferença aqui. É possível ganhar mais pontos derrotando inimigos com tiros na cabeça ou chutando os mesmos em um barril explosivo, ou então usando o chicote de energia para arrastá-los até uma grade, ou até mesmo usando essa arma para atraí-los para perto, para depois chutá-los e posteriormente atirar na cabeça deles. E isso sem falar dos adversários imensos que aparecem mais para o meio do jogo.

A brutalidade em Bulletstorm é até divertida, mas esse sistema de combate em certo momento começa a ficar banal e repetitivo. O lado bom é que quando isso acontece, o jogo termina. E o lado ruim é que ele termina relativamente cedo, se comparado com boa parte dos jogos. E para piorar, acaba com um final que ao invés de dar a sensação de recompensa por ter terminado o jogo, passa a impressão de que não deve demorar para a Epic Games vir com uma sequência.

Além da diversão solitária, Bulletstorm conta com um multiplayer interessante chamado Anarchy Mode, que envolve um grupo de jogadores lutando cooperativamente contra hordas de inimigos, mas competitivamente pelos pontos em skillshoots. É curioso, mas falta profundidade aqui para merecer muita dedicação, e acaba sendo apenas mais um extra passageiro.

Tiroteio com historinha

O roteiro de Bulletstorm pode ser apenas uma desculpa para a chuva de balas, mas quem dá atenção a essa parte do jogo terá boas surpresas. O personagem principal não é um campeão de carisma, mas ao mesmo tempo está longe de ser um protagonista genérico caladão de muitos FPS. Visualmente, parece uma mistura do mutante Wolverine com o ator Jack Black, mas com uma personalidade e uma história por trás.

Grayson era o líder de uma equipe de assassinos do exército da Confederação -- uma espécie de governo central no universo do jogo – mas ao descobrir que era usado pelo seu gerneral para matar pessoas inocentes, ele se revolta e, junto com sua equipe, se torna uma espécie de pirata espacial procurado pela justiça.

E logo no começo do jogo a nave da equipe de Grayson encontra no espaço o cruzador de seu desafeto, o general Sarrano. Depois de um combate intenso, as duas caem no planeta Stygia, que já foi uma espécie resort para férias da confederação, mas foi abandonado e tomado por antagonistas clássicos dos videogames: plantas carnívoras e tribos selvagens de mutantes de moicano.

O enredo é simples, mas eficiente, ajudado em parte pela própria ambientação do planeta onde acontece quase toda ação de Bulletstorm. É o tipo de jogo que além de contar a história dos protagonistas consegue enriquecer a experiência com informações paralelas relacionadas aos ambientes.

E coroando esse bom trabalho de ambientação, o envolvimento com os jogadores é ainda maior graças aos gráficos excelentes de Bulletstorm. A qualidade visual é igual ou superior à de Gears of War 2, mas o jogo parece mais bonito pela paleta de cores usada, além dos ambientes abertos de encher os olhos.
 

Fonte: OuterSpace

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